Até quando?
00:06 | Author: Bruno




Muda, que quando a gente muda o mundo muda com a gente
A gente muda o mundo na mudança da mente
E quando a gente muda a gente anda pra frente
E quando a gente manda ninguém manda na gente

Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura
Na mudança de postura a gente fica mais seguros
Na mudança do presente a gente molda o futuro



"É sempre preciso saber quando uma etapa chega ao fim... Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
Foste despedido do trabalho? Terminaste uma relação? Deixaste a casa dos pais? Partiste para viver noutro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?
Podes passar muito tempo a perguntar-te porque é que isso aconteceu...
Podes dizer a ti mesmo que não darás mais um passo enquanto não entenderes as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas na tua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: pais, amigos, filhos, irmãos, todos estarão a encerrar capítulos, a virar a folha, a seguir em frente, e todos sofrerão ao ver que tu estás parado.
Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem connosco.
O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.
As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora...
Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações (...) .
Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está a acontecer no nosso coração... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.
Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.
Ninguém joga nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.
Não esperes que te devolvam algo, não esperes que reconheçam o teu esforço, que descubram o teu génio, que entendam o teu amor. Pára de ligar a tua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como sofreste com determinada perda: isso vai apenas envenenar-te, e nada mais.
Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceites, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".
Antes de começares um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diz a ti mesmo que o que passou, jamais voltará!
Lembra-te de que houve uma época em que podias viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.
Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na tua vida.

Fecha a porta, muda o disco, limpa a casa, sacode a poeira. Deixa de ser quem eras, e transforma-te naquilo que és! Torna-te numa pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és...
E lembra-te:
Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão!”



Fernando Pessoa

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