Talvez seja oprimido
Talvez seja apenas uma pessoa magoada
Talvez tenha apenas medo da vida, ou de viver...
Talvez...
Tenho dias assim, tão obscuros, tão tristes, que não chegam ao fim...
E dou por mim a pensar, onde foi que me perdi? Onde estou que não me encontro? Em que encruzilhada da vida segui pelo caminho errado? Mesmo voltando para trás não me encontro e a verdade é que nem sei se quero... Talvez me tenha perdido naquele momento em que perdi também a inocência que trazia em mim.
Talvez tenha feito tudo errado
Talvez não soube escolher
Talvez...
E hoje, escondo toda esta mágoa com um sorriso, como que para me convencer a mim próprio que sou feliz... e não sou.
Se eu chorar, que a noite se afogue no meu peito e o céu se cubra de astros e estrelas.
Se eu chorar, que as lágrimas derramadas aliviem o meu peito.
Se eu chorar, que o dia de amanhã me traga esperança...
Se eu chorar, que sinta o deslizar da tua mão no meu rosto
Se eu chorar, que sinta que estás aí para não me sentir tão só...
E neste instante em que choro, com saudades do que tive, com saudades do que ainda não vivi.
E neste instante só quero aliviar o tanto que trago preso em mim e que não consigo libertar...
Desculpem mas... "I'm not a perfect person."
E mais tarde acabará por acontecer outra vez. E outra, e outra, e outra...
E porquê?
-Porque é sempre mais fácil magoar que dizer gosto-te.
É que gostar também é dizer que gostamos. Porque gostar também é aliviar a dor daqueles que nos querem bem.
Há dias assim, melancólicos. Nem sequer sei ao certo se posso dizer que é por causa desta espécie de Inverno. Pode ser apenas um estado de alma. A alma por vezes adormece. Foge. Escapa-se por momentos.
Anoitece. Apetece calor e mantas e amor. E uma tranquilidade doce, que nos faz esquecer e sobrevoar em voos rasantes a realidade dos dias.
Se calhar precisava apenas de ter a tua ternura espalmada na pele. De ter o teu carinho a apertar-me a alma.
Se calhar precisava apenas dos braços entrelaçados em abraços e sentir.
Sentir que sim. Sentir cá por dentro, no fundo onde faz eco, que estares perto é saber que afinal, a vida faz sentido.
E sentir na pele um arrepio, sentir o calor dos corpos, o compasso dos corações e libertar a alma, deixá-la partir sem a prender. Ela sempre volta, sabes?
Ouvir uma melodia e deixar-me levar por todos os outros sentidos.
Se calhar... é assim, nos gestos simples, que nos aninhamos num embalo doce de paraíso.
"Facilidade não é sinónimo de felicidade."
Era tão fácil dizer-te: "bem te avisei...", "eu tinha razão...", "eu já sabia que isso ia acontecer..."
Podia chamar-te 1001 nomes, como o fiz anteriormente. Não o faço. Há caminhos que temos que percorrer sozinhos, sabes? Em certas circunstâncias da vida não podemos esperar absolutamente nada dos outros. O caminho, quando acompanhados, fica tão mais fácil e agradável, não é? Mas nada do que vale realmente a pena é fácil...
Podia dar-te 1001 razões, dizer-te 1001 coisas... Ainda assim seria insuficiente. Sabes porquê? Porque orientas a tua vida num só sentido. Deixas que a dor te cegue. Hipotecas a tua vida. Olhas para o teu próprio umbigo. Não te esforças, deixas que as lágrimas continuem a cair.
Diz-me... Tudo isso vale a pena?
Olha para ti. Chegas a dar-me pena. És uma sombra daquilo que foste. Por vezes chegas a irritar-me profundamente.
Faço uma comparação no mínimo estúpida, mas sabes o que me lembras? Um toxicodependente. Ficas necessitado dessa droga todos os dias. Quando não consomes, ressacas. Vais enganar-te durante quanto tempo? A tua vontade é essa? Há cura para isso. Para todos os vícios há um tratamento, há uma desintoxicação.
Tu levanta-te, por favor. Não te escondas. Enfrenta a vida de frente, de peito aberto. Tu vais ver, um dia tudo vai ser lembrança. E quando voltares atrás, vais sorrir. Não te vais rir do erro, vais sorrir pelo que a vida te ensinou e por tudo o que te deu.
"Enquanto houver estrada para andar, a gente vai continuar."
And it’s gonna take so long for me to get somewhere
Sometimes I feel so heavy hearted
But I can’t explain 'cause I’m so guarded
But that’s a lonely road to travel
And a heavy load to bear
And it’s a long, long way to heaven
But I gotta get there
Can you send an angel?
Can you send me an angel to guide me?
É preciso tempo para tudo se perceber.
(...)
Enquanto não me aproximo não posso dizer que não gosto.
Eu não gostava, mas agora gosto. Porque me aproximei e vi que gostei. Aprende-se a gostar, aprende-se a perceber.
O gosto apura-se, refina-se... Se não tiveres um coração puro, dinâmico... Se o teu coração ficar estagnado, ficas sozinho, não consegues dar-te e muito menos consegues receber.
O difícil não é gostar, é continuar a gostar..."
"O amor é um processo de intimidade que requer muito tempo e que exige uma partilha permanente."
(o anterior excerto não é de Daniel Sampaio, mas de alguém que sabe bem mais que ele.)
Chuva que molha os corações secos, vazios de amor, de esperança e de paz.
How's the weather?
Is it stormy where you are?
- Aqui faz Sol...
Lembro-me daquela vez em que me disseste que não gostas de pressas, que gostas de um crescimento gradual. Aos poucos. De dar passos pequeninos. Gosto de me descobrir e redescobrir em ti. Gosto que vás sendo em mim. E com isso, tem a certeza, fico mais rico.
A ti não te posso garantir falhas, que nunca te vou falhar. Mas, neste caminho duro de futuro, quero que dês os passos certos. O caminho não o posso fazer por ti, mas posso fazê-lo contigo.
E sempre que a vida não te sorrir, eu vou estar.
E sempre que caíres, eu vou estar.
E estarei sempre ali, a teu lado, para que, de uma forma ou de outra, possa dar-te a mão e perguntar-te: "Vens comigo?"
Estou aqui...
Tu também sabes... =)
Muda, que quando a gente muda o mundo muda com a gente
A gente muda o mundo na mudança da mente
E quando a gente muda a gente anda pra frente
E quando a gente manda ninguém manda na gente
Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura
Na mudança de postura a gente fica mais seguros
Na mudança do presente a gente molda o futuro
"É sempre preciso saber quando uma etapa chega ao fim... Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
Foste despedido do trabalho? Terminaste uma relação? Deixaste a casa dos pais? Partiste para viver noutro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?
Podes passar muito tempo a perguntar-te porque é que isso aconteceu...
Podes dizer a ti mesmo que não darás mais um passo enquanto não entenderes as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas na tua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: pais, amigos, filhos, irmãos, todos estarão a encerrar capítulos, a virar a folha, a seguir em frente, e todos sofrerão ao ver que tu estás parado.
Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem connosco.
O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.
As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora...
Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações (...) .
Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está a acontecer no nosso coração... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.
Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.
Ninguém joga nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.
Não esperes que te devolvam algo, não esperes que reconheçam o teu esforço, que descubram o teu génio, que entendam o teu amor. Pára de ligar a tua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como sofreste com determinada perda: isso vai apenas envenenar-te, e nada mais.
Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceites, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".
Antes de começares um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diz a ti mesmo que o que passou, jamais voltará!
Lembra-te de que houve uma época em que podias viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.
Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na tua vida.
Fecha a porta, muda o disco, limpa a casa, sacode a poeira. Deixa de ser quem eras, e transforma-te naquilo que és! Torna-te numa pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és...
E lembra-te:
Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão!”
Chega-te a mim… vou dizer-te porque me dói. Talvez depois percebas porque me dói cá por dentro, sabes?
O coração, o peito, a alma. Os olhos irrequietos e tristes que não encontram onde poisar.
Houve um tempo em que sentia a tranquilidade sempre que os teus olhos olhavam para mim.
Pensei que o amor podia ser a cura. Mas afinal foi o mal.
Pensei que as palavras eram verdade. Mas afinal eram mentira. Tudo foi mentira. Talvez até o amor.
Pensei que aquela mulher que me mostravas ser, eras tu. Mas errei.
É sempre assim, não é?
Quando um dia acordamos e percebemos que passámos metade do tempo à espera. Quando sabemos que nada virá. Quando cá por dentro já sabíamos que não havia o que esperar. Quando já nem me sentia com idade para esperar pelo que quer que fosse.
E esperei mesmo assim.
Talvez sejam as coisas tontas que dizemos e fazemos por amor. Que queremos seguir e andamos às voltas, sem nunca sair do lugar. Sempre com uma esperança renascida de que talvez… mas nunca é.
Depois é tempo de aceitar.
E passamos outro tempo a tentar não lembrar. Não lembrar aquilo que o nosso coração teima em não esquecer.
As esperas são sofrimento, sabias? Rebentamo-nos por dentro nas noites que seguem os dias em que não há uma voz, um estar perto. Nada. Há apenas nada. Vamos ao limite. Chegamos à linha em que ou saltamos e caímos, ou decidimos caminhar, voltar atrás. O que não sabemos é que o caminho de volta, muitas vezes, é o mais doloroso.
Um dia dizemos basta. Um dia dizemos que nunca mais.
E depois um dia, mais tarde, voltamos a repetir tudo outra vez. Outra vez pensamos que sim, afinal é não.
Tudo se repete quando se ama com o lado errado do peito. Até as coisas erradas. Porque gostamos. Porque sabemos o que é gostar e queremos sempre ter de novo o coração assim, aconchegado noutro coração.
Pouco importa. Um dia já não sentiremos o peito apertado. Já não teremos os olhos rasos de água. Já é um doer devagar, que mói mas não magoa tanto. Já não sentimos o coração a soluçar baixinho.
É por isso que me dói…
Precisei acreditar
E precisei sorrir ao mundo como se fosse o homem mais feliz, quando me sentia o mais vazio, incompleto e só.
Quanto mais te queria esquecer, mais te lembrava. Eras tu
Mas foste e serás sempre alguém que lembrarei com carinho. Porque não esqueço do bater do teu peito. Não esqueço os teus abraços nem o teu riso. Não esqueço que me fizeste sentir alguém mesmo muito especial, na parte do tempo em que me lembravas que pensavas
Não esqueço que me provaste que eu era capaz. Outra vez. Depois da desilusão, voltar a voar.
Fui capaz e serei sempre. Porque cometerei todos os erros repetidamente. Quem sabe só assim a vida faz sentido? Quando por amor nos esquecemos de todas as lágrimas que alguém nos causou?
E aprendi também que quanto mais transparente for, mais invisível me torno. Não posso ter este coração na boca nem os pensamentos na ponta da língua. Preciso aprender o jogo. E o jogo é ganho por quem mais esconde.
É por isso que me dói… Não sei se entendes o que te quero dizer. Nem sequer sei se vale a pena dizer-te o que quer que seja. Porque quando se fala do que se sente, quase nunca o outro sabe realmente do que estamos a falar.
Mas dói-me mesmo assim…
Mas agora, tu sabes, é tarde demais.
Guardaste as palavras escondidas no peito, por medo. E deixas que voem em liberdade quando já não podem trazer um sentido de liberdade a ninguém. Sofri tudo o que tinha para sofrer. E não vou deixar que entres outra vez para me abalar a paz, a vida.
Ficou tanto por dizer… mas agora, já pouco importa, sabes? Podia repetir todas as palavras, voltar a dizer o que vai cá por dentro. Mas sempre o disse. Tu já sabes.
E há horas em que as palavras não dizem tudo, horas em que não conseguimos que os outros entrem em nós só para saber.
Quero mesmo é que sejas feliz, que consigas amar… mas com o lado certo do peito. E que o medo nunca te faça deixar de tentar. Que o medo nunca te faça deixar de dizer as coisas boas, enquanto é tempo. Enquanto vale a pena. Nas despedidas já não temos nada a perder, não é? E vê tu que foi preciso dizer “até um dia” para que fosses capaz.
Vive assim… dizendo as coisas boas que tens aí por dentro, sentindo que já nada tens a perder. Sabes? É que gostar também é dizer que gostamos. Porque gostar também é aliviar a dor daqueles que nos querem bem.
Que se olhares para trás lembres do homem que fui enquanto te amei. Porque afinal, as minhas histórias ficam sempre por viver.
É por isso que me dói o peito. Porque depois de tudo não consegui dizer-te que houve uma altura em que, cansado, rendi-me. E deixei de te procurar. Obriguei-me a isso, entendes? Não porque já não gostasse, mas porque precisava. O que não podia era sentir que rastejava por amor, que mendigava por um resto de qualquer coisa. Porque não sou assim. Porque quero e mereço mais.
Fiquei no meu canto esperando que tudo passasse. Porque sempre passa, não é?
E depois, mais tarde, esqueci-te, desisti e abandonei-te… por sentir que era precisamente isso que tinhas feito comigo…
E eu!?
Eu vou viver. Vou carregar o coração nas mãos e colar todos os pedaços. Vou viver da melhor forma que sei, porque é tudo o que posso fazer. Vou olhar toda a imensidão do céu e toda a vastidão do mar para sentir paz, ou outras vezes pequeno. Vou sorrir uns dias e nos outros lutar por isso.
E Eu!?
Ora, eu vou ser feliz…
- Fractura vertical no corno anterior do menisco interno.
- Irregularidade da superfície articular interna da rótula, acompanhada por irregularidade da cartilagem de revestimento.
- Quisto sinovial de Baker no compartimento interno do joelho.
Ainda assim há outras dores que duram mais tempo. E para essas não há analgésicos ou cirurgias que atenuem essa mesma dor. Talvez eles sejam umas almas caridosas e se lembrem de me colocar um botãozinho para ligar e outro para desligar.
Quem sabe assim...
Não sei se o vidro estava embaciado pelas gotas da chuva que cai sem parar ou se pelos meus olhos rasos de água.
Cansei de esperar, sabes?
Tudo na tua vida é mais importante, tudo vem primeiro, tudo é mais urgente.
Na tua vida não há tempo. Nem espaço.
Mas eu não sou pessoa de metades, nem tão pouco pessoa das horas vagas. Como se de repente te lembrasses que eu existo. Como se fosse um resto. Só para ocupares uma réstia de tempo.
Não quero isso para mim. Lamento.
É que quando já nem nas palavras posso acreditar, o que resta?
O que resta de ti? O que ficou de quem chegou devagarinho, que me deixou gostar devagarinho? Onde está quem estava em todo o lado e agora está em lugar nenhum?
Tu não precisas de alguém como eu na tua vida. E eu, não preciso de ninguém que me faça chorar por decepção. Tu viste a decepção no meu olhar?
Talvez não tenhas percebido... por falta de tempo.
Desisto depressa demais?
Sim. É verdade. Mas pelo menos eu, antes de desistir, lutei. E tu o que fizeste? Ocupaste o teu tempo com as coisas inadiáveis, com aquelas que não podiam esperar.
Pois. Eu hoje também já não posso esperar.
A vida é um jogo. E eu estava a apostar em nós... mesmo a medo, apostei. Mas tu não. E no amor, ou nesta espécie de amor, eu já não aposto sozinho. O preço a pagar é alto demais. E só perde quem apostou.
Um dia pensei que tu... que eu... que nós.
Pensei demais e pensei mal.
Dei demais... é sempre esta mania de entregar tudo o que tenho de melhor. É sempre esta mania de querer acreditar. Um dia acreditei, quando me disseste baixinho "gosto de ti". Mas afinal não gostas tanto assim...
Pouco importa.
É só porque um dia pensei que me tinha caído um anjo no prato da sopa. Mas afinal, bateu asas e voou...
Eu estava a gostar de ti, sabias?