Nós sabemos. Mas não pensamos nisso. Talvez numa tentativa de enganar a vida. Ou a morte.
Ou não pensamos para não termos a certeza de como somos pequeninos.
Ou até, quem sabe, nos iludimos numa eternidade que nem temos.
É por isso que tudo é adiado. Porque amanhã eu vou, eu faço, eu digo...
Esquecendo por segundos que amanhã, ou um qualquer amanhã, não estarei aqui.
Numa coisa ou noutra, importante ou não, grande para uns e sem significado para outros, todos nós, adiamos algures a vida. Adiamos alguma coisa...
Por isto ou por aquilo fica para depois.
E na pressa dos planos, esquecemos o mais importante. Não paramos para ver, para sentir, para conversar.
Já não há tempo. Nunca há tempo.
Não lembramos, ou esquecemos que um dia, teremos todo o tempo. E teremos tempo quando já nada houver o que fazer com ele.
Andamos assim, distraídos nos problemas que pensamos ter porque não podemos entrar nos outros e conhecer com exactidão a dimensão dos deles.
Vivemos em círculos. Andamos às voltas sem nunca sair do lugar.
E passamos perto de coisas belas sem as admirar porque nos parecem coisas sem conteúdo. Na pressa. Na falta de tempo...
... e só depois, muito mais tarde, naquela altura em que um aperto nos mói cá dentro por saber que não podemos voltar atrás, nos damos conta.
E só depois percebemos das coisas que estavam ao nosso lado e nós não percebemos.
Distraídos que andamos a planear a vida, enquanto essa mesma vida nos passa ao lado no mesmo instante em que passamos ao lado dela.
E só depois percebemos... só mais tarde nos damos conta...
Que não vimos.
Que não sentimos.
Que não vivemos.
Ou não pensamos para não termos a certeza de como somos pequeninos.
Ou até, quem sabe, nos iludimos numa eternidade que nem temos.
É por isso que tudo é adiado. Porque amanhã eu vou, eu faço, eu digo...
Esquecendo por segundos que amanhã, ou um qualquer amanhã, não estarei aqui.
Numa coisa ou noutra, importante ou não, grande para uns e sem significado para outros, todos nós, adiamos algures a vida. Adiamos alguma coisa...
Por isto ou por aquilo fica para depois.
E na pressa dos planos, esquecemos o mais importante. Não paramos para ver, para sentir, para conversar.
Já não há tempo. Nunca há tempo.
Não lembramos, ou esquecemos que um dia, teremos todo o tempo. E teremos tempo quando já nada houver o que fazer com ele.
Andamos assim, distraídos nos problemas que pensamos ter porque não podemos entrar nos outros e conhecer com exactidão a dimensão dos deles.
Vivemos em círculos. Andamos às voltas sem nunca sair do lugar.
E passamos perto de coisas belas sem as admirar porque nos parecem coisas sem conteúdo. Na pressa. Na falta de tempo...
... e só depois, muito mais tarde, naquela altura em que um aperto nos mói cá dentro por saber que não podemos voltar atrás, nos damos conta.
E só depois percebemos das coisas que estavam ao nosso lado e nós não percebemos.
Distraídos que andamos a planear a vida, enquanto essa mesma vida nos passa ao lado no mesmo instante em que passamos ao lado dela.
E só depois percebemos... só mais tarde nos damos conta...
Que não vimos.
Que não sentimos.
Que não vivemos.
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