Deixo-me ir numa viagem tão só quanto aquilo que sou, carregando tudo aquilo que amo. Talvez seja loucura… mas sinto que preciso ir.
Tenho medo, mas esse medo só me faz seguir em frente.
Todos os passos que damos, sozinhos, sempre são mais penosos. Acompanhados, tudo fica mais fácil. Mas nada que vale realmente a pena é fácil, por isso preciso fazer isto assim, sozinho.
Hoje quero dar-lhes a minha mão. Àqueles que sabem que o são e àqueles que não sabem que o são. Àqueles que sabem da sua importância e também àqueles que não sabem o quanto importantes são. Àqueles a quem desiludo e sobretudo àqueles que me desiludem. Àqueles mais próximos e aos outros... não tão próximos.
"não entendes, nunca expliquei por vezes o que vemos não é o que temos de certezas nada é feito e as nossas são histórias e mais histórias
erros por defeito"
Erros por defeito. É verdade. O pior é que esse lado em mim teima em não acordar. Não me posso queixar da voz trémula e dos olhos rasos de água. É que no fim fica isso mesmo... Erros! Por defeito!
De que valem as histórias se não forem partilhadas? De que valem as linhas que cruzamos ou as regras que quebramos se não existir por trás uma razão?
Quase tudo se resume ao amor. E o amor, o amor tem tantas formas! Alguém que nos faz sentir muito quando nos sentimos nada. E ao nosso redor tantos que dizem conhecer-nos quando nada sabem de nós. Não conhecem a história, não sabem o que nos acelera o bater do peito, o que nos causa borboletas no estômago. Os amigos que nos tomam como abençoados e nem sempre sabem ouvir para saber a confusão dentro de nós porque não têm tempo para nos conhecer de verdade.
Sim, com certeza fomos feitos para alguém.
E o amor ali perto, que sabe que um sorriso esconde as palavras que não se dizem, que ao contrário do mundo nos conhece um pouquinho mais.