Lua
23:47 | Author: Bruno




"Noite após noite, há já muito tempo,
saio sem saber para onde vou,
chamo por ti, na sombra das ruas,
mas só a lua sabe quem eu sou.
Lua, lua,
eu quero ver o teu brilhar,
lua, lua, lua,
Eu quero ver o teu sorrir."
Sem tempo
18:19 | Author: Bruno


(...)

"Desculpa Bruno, agora não tenho tempo para ti...
Gosto muito de ti, mas agora não me dá jeito ter-te por perto.

Sabes? És-me imprescindível, mas no meu quotidiano não me és necessário.
Sim, óbvio que gosto de ti. Óbvio que gosto de te cuidar. Mas não agora. Volta mais tarde, pode ser? Agora não tenho tempo...

Não Bruno, óbvio que não. Óbvio que não te evito. Nem mesmo quando vens com aquelas conversas maçadoras, como que a dizer que precisas ser ouvido.
Mas descansa, para o mês que vem prometo que tenho tempo para ti"

(...)


Parece exagero. Mas vendo bem não é nada exagerado.
Há muitas questões que se levantam e muito poucas respostas são dadas.
Tanto a mim como aos OUTROS.

Ah! Esperem... Mas o outro não é um prolongamento de mim?
Talvez não seja. E talvez seja eu o único a pensar desta forma.

E afinal em que lugar fica o outro?
...
Fica ali sossegado, de maneira a não incomodar. Quando precisar de alguma coisa dele então logo vejo a maneira mais delicada de lha pedir.


Só esta noite
20:11 | Author: Bruno



São em noites assim que sinto a solidão... que apetece sair à rua e procurar quem me abrace.
Noites que quero tanto uma loucura qualquer... um carinho, um chamego, um amor eterno por uma noite...

Que viesse alguém de mansinho, convidasse para dançar agarradinhos, sentir o cheiro...
Que viesse de sorriso maroto, com charme, com imaginação...
Que me despisse com o olhar, que mentisse ao meu ouvido... só hoje.
Que me abrisse a porta, que me libertasse...
Que chorasse e risse comigo, que me desse a mão
Que me mostrasse o nascer do sol num sítio qualquer,
Que me fizesse sentir o que já esqueci...
Que fosse o que é, sem promessas, sem fingimentos,
Que fôssemos um, até ao primeiro raio de sol
Que soubesse seduzir-me com sedução
Que me tocasse com ânsia, como se ambos morrêssemos amanhã,
Que me dissesse tudo o que encerra dentro de si,
Que expusesse a sua alma perante a minha...
Que fosse feliz comigo, até ao raiar da aurora...


Hoje não quero estar só...
Se te conhecesse, se me chamasses, se me telefonasses, eu ia...

Hipérbole
00:26 | Author: Bruno

Sabes? Tu és muito...
- Muito... Muito quê?

(silêncio)

Muito tudo!
Voltas
14:29 | Author: Bruno



Nós sabemos. Mas não pensamos nisso. Talvez numa tentativa de enganar a vida. Ou a morte.
Ou não pensamos para não termos a certeza de como somos pequeninos.
Ou até, quem sabe, nos iludimos numa eternidade que nem temos.
É por isso que tudo é adiado. Porque amanhã eu vou, eu faço, eu digo...

Esquecendo por segundos que amanhã, ou um qualquer amanhã, não estarei aqui.

Numa coisa ou noutra, importante ou não, grande para uns e sem significado para outros, todos nós, adiamos algures a vida. Adiamos alguma coisa...
Por isto ou por aquilo fica para depois.

E na pressa dos planos, esquecemos o mais importante. Não paramos para ver, para sentir, para conversar.

Já não há tempo. Nunca há tempo.
Não lembramos, ou esquecemos que um dia, teremos todo o tempo. E teremos tempo quando já nada houver o que fazer com ele.

Andamos assim, distraídos nos problemas que pensamos ter porque não podemos entrar nos outros e conhecer com exactidão a dimensão dos deles.
Vivemos em círculos. Andamos às voltas sem nunca sair do lugar.
E passamos perto de coisas belas sem as admirar porque nos parecem coisas sem conteúdo. Na pressa. Na falta de tempo...


... e só depois, muito mais tarde, naquela altura em que um aperto nos mói cá dentro por saber que não podemos voltar atrás, nos damos conta.
E só depois percebemos das coisas que estavam ao nosso lado e nós não percebemos.
Distraídos que andamos a planear a vida, enquanto essa mesma vida nos passa ao lado no mesmo instante em que passamos ao lado dela.

E só depois percebemos... só mais tarde nos damos conta...
Que não vimos.
Que não sentimos.
Que não vivemos.

Perguntas
19:10 | Author: Bruno



E tu, que me queres dizer?



Gosto
03:58 | Author: Bruno



Lá vens tu. Pé ante pé. Aproximas-te devagar, bem devagar. Aos poucos, vais moldando e talhando o meu coração. Vais fazendo com que eu seja mais teu e, consequentemente, com que sejas mais minha.
Lá vens tu. Com a tua paz, a tua serenidade, com a tua inigualável sensibilidade e doçura.

Gosto de te sentir aqui, assim bem perto de mim. Gosto de me perder em ti. Gosto de mergulhar no teu olhar e saber tudo aquilo que compartilhas comigo. Gosto de te abraçar e sentir o teu coração a pulsar. Gosto do ritmo a que ele bate, como que dizendo coisas que por vezes não consigo entender.
Gosto da proximidade e de tudo aquilo que nos faz ser cada vez mais.

É que... Contigo, é impossível sentir a solidão.
Melodias
18:39 | Author: Bruno



Um brinde
01:45 | Author: Bruno



... porque apesar de tudo, há sempre algo de bom que deve ser comemorado.

Porque existe a família e os amigos. Os que estão sempre e os que tentam sempre estar.
Porque existem as palavras meigas e os abraços apertados que nos fazem chorar.
Porque existe um sentir que não estamos sós.
Porque há outros passos que caminham ao nosso lado e os sorrisos que nos fazem continuar.
Porque existe um dar de mãos que nos obriga a acreditar que tudo irá correr bem.
Porque existem os olhares de cumplicidade.
Porque existe um amor e muitos tipos de amor.
Porque há o ter pouco e nesse pouco ter tudo para me sentir feliz.


Um brinde. Por todas as coisas tão grandes que valem sempre a pena serem comemoradas. À vida... por si só. Apenas.